Diminuição da Espessura da Corda: Uma Tendência Mundial que Seu Braço Agradece

Diminuição da Espessura da Corda: Uma Tendência Mundial que Seu Braço Agradece

Diminuição da Espessura da Corda: Uma Tendência Mundial que Seu Braço Agradece


Após anos no circuito juvenil e atuando na distribuição de cordas de tênis, observei uma mudança silenciosa, mas significativa, no comportamento dos jogadores e nas especificações de encordoamento. A tendência é clara: o mundo está diminuindo a espessura das cordas (gauge), e você precisa entender o porquê.

 

O Mito da Durabilidade Ilimitada

 

Durante muito tempo, vigorou uma cultura nos clubes amadores: a crença de que quanto mais grossa a corda (1.25mm, 1.30mm), mais durável e, portanto, melhor o negócio.

Antigamente, era comum o jogador pedir no mínimo 1.25mm, com muitos insistindo no 1.30mm, temendo a quebra rápida. A realidade, porém, é que para a maioria desses jogadores, quebrar uma 1.25mm levava meses.

Nesse período, o que acontece é que eles estão jogando com cordas 'mortas'. O playtime de um co-polímero — o tempo que a corda mantém suas características — varia tipicamente entre 8 e 14 horas. Após esse limite, a corda perde suas propriedades originais e se transforma em um pedaço de plástico rígido, absorvendo toda a vibração no braço do tenista.

Muitos amadores, na busca por uma "super durabilidade", estão na verdade absorvendo todo o choque da batida e sobrecarregando o corpo. Estão jogando com uma 'corda morta', o que é um risco para lesões e um inimigo da performance.

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Hexonic Power no gauge 1.18mm tem sido muito vendida.

A Revolução dos Gauges Finos

 

Felizmente, essa cultura está mudando. Profissionais, lojas e encordoadores estão liderando um trabalho de educação, convencendo o público amador dos benefícios de usar cordas mais finas:

  1. Mais Feeling e Sensibilidade: Cordas mais finas (como 1.15mm a 1.20mm) são menos rígidas e permitem que a bola 'entre' mais no encordoamento. Isso gera mais feeling e sensibilidade na batida, aprimorando o controle.
  2. Troca no Tempo Certo: Ao usar um gauge mais fino, o jogador amador é incentivado a trocar a corda pelo tempo de horas estipulado pelo fabricante (8-14h), e não por sua quebra. Isso garante que ele sempre jogue com as propriedades originais do co-polímero.
  3. Melhor para o Braço: Uma corda que está nas suas melhores condições de elasticidade e tensão amortece melhor o impacto, protegendo o braço do jogador.

Enquanto o 1.23mm-1.25mm ainda domina, as espessuras 1.15mm a 1.20mm estão ganhando força rapidamente. Eu as recomendo justamente por oferecerem menos rigidez e maximizarem a interação da bola com a raquete.

 

Conclusão: Priorize a Qualidade da Batida

 

A diminuição da espessura é uma tendência mundial no tênis social que deve ser adotada.

O co-polímero 1.30mm deve ser reservado para a "gurizada que está comendo saibro", ou seja, os jogadores de alto rendimento que quebram corda em poucas horas.

Para o jogador amador, a escolha de uma corda mais fina é um investimento na sua performance e, crucialmente, na saúde do seu braço. Você não vai 'morrer' de pagar um novo encordoamento a cada dois meses; você vai estar jogando seu melhor tênis e protegendo seu corpo.

É o momento de escutar o seu encordoador e abraçar as cordas finas.

P.S.: Este texto é especialmente direcionado aos tenistas sociais que quase nunca estouram cordas.

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